A catapora me salvou

Entrei no meu martírio diário, o Camaçari- Lapa, com aquela cara de sexta-feira, doida para chegar em casa quando vejo alguém me olhando. Logo achei a fisionomia conhecida, mas não lembrava onde conhecia a criatura. Ele não falou comigo e eu também não falei com ele. Quando cheguei em casa foi que lembrei de onde conhecia a peça.

Era início de 2008 quando fui a casa de uma colega de trabalho no Cabula VI, andando pelo bairro conheci um primo do namorado dela, conversa vai, conversa vem, trocamos números do celular... E foi essa criatura q eu encontrei no ônibus.

Todos os dias esse menino me ligava, querendo marcar p sair e tal, mas alguma coisa me dizia que não era para eu ir sou uma quase vidente já não acerto quando acho que devo ir, pior ainda quando acho que não devo ir. Continuei fazendo a análise do “produto” e essa minha colega que nos apresentou começou a falar sobre ele contar os podres! Tá vendo ai que minha intuição estava certa.

Estava disposta a mandar a criatura partir, mas não sabia como, foi ai que a catapora me ajudou! Isso mesmo, eu tive catapora com 21 anos vergonha. Continuando Estava eu em casa com a catapora no início quando recebo uma ligação dele dizendo que estava no final de linha aqui do bairro, que havia vindo para a festa de um amigo e que queria me ver. Putz! Nem acreditei cara de pau da porra

Logo respondi que estava com catapora e não podia sair de casa e tal. Não é que no dia seguinte ele veio novamente aqui no bairro, dizendo que estava na festa da ressaca e continuava querendo me ver e mais uma vez eu disse que não tinha condições.

Depois de um tempo, ele conversou com minha colega de trabalho, disse que eu embora eu estivesse com catapora, eu estava fria e não parecia que estava interessada nele não estava mesmo e ele sumiu.

Dois anos depois eu encontro ele não lembro o nome no ônibus. Será que ele me reconheceu e lembrou-se da história ou ficou com a sensação de “conheço essa pessoa”. Também pouco importa...