Idoso representa Camaçari e coleciona mais de 80 premiações em corridas de rua






Na idade que muitos estão pensando em parar, foi que Antônio Cordeiro da Silva, 61 anos, começou. Para muitos, o atleta que participa de corridas de rua desde 2002, já passou da idade ideal para praticar esportes intensamente, mas a vontade dele é participar de mais competições e aumentar ainda mais a coleção de 80 medalhas e 19 troféus que vem conquistando ao longo dos anos.

Morador do bairro do Phoc 3, Cordeiro Atleta, como é conhecido pelos vizinhos, pode ser considerado uma referência no esporte em Camaçari. Ele conta que a melhor iniciativa que teve foi começar a correr. “A primeira competição que participei fora dos treinos, foi em 2002, em uma corrida do Dia dos Pais no bairro do Novo Horizonte. De lá para cá não parei mais”, revela. E completa, “essas competições me deram a maior saúde do mundo, por que quando a pessoa vai chegando para a idade tem que procurar um esporte para fazer”.

Jacobina, Lauro de Freitas, Dias D’ Ávila, Juazeiro, Salvador e Camaçari são as cidades onde ele já participou de competições. “Eu corro direto, já estive no Circuito Nacional de Corrida do Carteiro, Corrida Justiça Tiradentes, Corrida Emancipação, Iª Corrida Zumbi dos Palmares e outras. Já corri meia maratona, 15km, 10 km só não participei da maratona completa por que nunca tive a oportunidade de ir por causa dos custos”, diz.

Ele lamenta a extinção dos projetos da Sedel (Secretaria de Esporte e Lazer). “Eu era da Sedel e quando a gente ia participar de alguma corrida em outras cidades, eles bancavam tudo. Depois acabou e quem tinha condições de bancar participava, quem não podia parava. Eu pedi força a Deus, coragem, meus amigos me ajudavam e eu conseguia viajar”, conta Antônio que na última competição contou com o patrocínio do Mercadinho Deus Dará. “Eles me deram os tênis, a roupa e pagaram a viagem”, afirma.

O ritmo do treino é intenso, o atleta levanta cedo . “Acordo às quatro horas da manhã, as cinco saiu para correr, passa por vários bairros de Camaçari. Faço isso em aproximadamente uma hora. Às vezes saiu correndo daqui até Dias D’Ávila ou até Jauá, medindo tudo no relógio. Alguns batem palma, outros me xingam ou chamam de doido”, revela Cordeiro Atleta que treina sem o acompanhamento de um profissional. “Eu treino por conta própria. Quando tinha a Sedel o professor passava a tabela de treinamento. Depois que acabou eu não tenho mais a tabela. Então, o que eu fazia com ele, faço sozinho agora”.

Antônio trabalha na vigilância administrativa e diz que o fundamental para associar as atividades é o respeito. “É preciso desenvolver tudo corretamente e dar respeito a tudo. Trabalhar corretamente, treinar e dar atenção em casa, deixar os três satisfeitos. O respeito cabe em tudo”. Ele está se preparando para São Silvestre e em agosto irá participar de uma corrida em Jacobina. “Ela é muito importante por que tem poucos quilômetros, e é muito puxada. Para consegui um troféu a pessoa tem que treinar muito”, conclui.

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