Os duques


Se você iniciou sua adolescência na década de 90, deve ter escutado e participado de muitos “duques”. Hoje em dia não sei se ainda existe isso, ou se chamam assim. Como diz um amigo meu, o hormônio da galinha está fazendo o povo evoluir rapidamente. Para quem não sabe, “formar os duques” era quando a gente ia se encontrar com o paquerinha e para não ir sozinha combinava de levar uma amiga e o carinha levava um amigo, chegando lá tudo se ajeitava. 

Na época isso era o máximo, mas se você não tem 12 anos de idade e já escutou isso em sua fase adulta, no mínimo, ficou se perguntando qual é a idade mental da pessoa. 

Vamos deixar de enrolar e começar a história. Acho que o carnaval mexe com a cabeça de muita gente, para falar a verdade, a de algumas mexe até demais. Numa bela tarde, acho que na sexta-feira de carnaval, eu estou retornando para casa quando o celular tocar. Papo vai, papo vem, sobre o que seria feito nos dias da folia, quando eu escuto a seguinte pérola. 

Ele: Você tem prima?
Eu: Tenho. Porque?
Ele: Ah! Que tal a gente se encontrar na terça-feira? Você leva sua prima e eu levo um amigo meu e a gente fica lá de boa. 

Cri cri cri. Não sabia se eu ria ou se eu chorava. Como assim minha gente?! Isso é a lá 1998, quando eu tinha meus 12 anos, depois que cresci comecei a agilizar meu processo sozinha e até então não tinha escutado uma dessa. A vontade que eu tive foi de perguntar: Venha cá filho você acha que tem quantos anos? Porém, depois do choque minha resposta foi: Ah tá! Vou ver, mas acho difícil eu te ligar. Beijo, Tchau.

Detalhe que tava rolando uma paquerinha legalzinha . Depois dessa que eu não liguei, não procurei e nem cheguei perto do local onde supostamente ele estaria. 

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