Diário de Buzú: O motorista, a loira e a topique



A história do Diário de Buzú de hoje não vai ser em um ônibus, mas será em um veículo "quebra galho" que também faz o transporte de passageiros. Dias desses entrei em uma topique para ir para casa e fiquei sentada na frente, passado pouco tempo entrou uma loira no fundo e percebi que o motorista ficou todo ouriçado e começou a conversar com ela na maior intimidade. Pensei: hum ai tem. 

Ele a chamou para sentar na frente  e me pediu para deixa-la sentar no meio e eu claro, querendo saber até onde iria a história, a deixei sentar perto dele sem nenhuma cerimônia. 

Quando a loira já estava devidamente sentada o motorista começou a dialogar:  

Ele: Poxa! Por que você não me ligou?
Ela: Estava sem crédito
Ele: Não tem problema é só me dar um toque que eu retorno, meu celular é conta. Já que eu não posso te ligar, me dê um toque que eu retorno qualquer hora.
Ela: É! Não dá para você me ligar não. Aquele homem é ciumento demais , estou só dando um tempo para me sair dele. Você não sabe as coisas que ele faz por causa de ciúmes. 

Quando me dei conta, o motorista da topique já estava marcando para ir buscar e/ou levar a loira ao trabalho. Durante a marcação passou um veículo Corsa e ele fez questão de frisar que tinha um carro daquele. Falou umas três vezes não queria que ela achasse que ele iria busca-la de topique né? 

E o papo continuou animado

Ele: Marque o dia que eu vou te pegar
Ela: Mas aqui não dá, a gente tem que marcar e você ir me buscar em outro lugar por que aqui é barril
Ele: Certo! É só você me dizer o dia
Ela: vou te levar em um lugar massa. 

E a conversa seguiu para o estado civil do motorista. 

Ela: E você está solteiro por que? Deve ser desses homens que adoram uma curtição e a mulherada não aguenta, né?
Ele claro se fez de santo: Não! Sou um homem muito calmo, curtição para mim só memso com a mulher que está comigo Coma esse H 

O ponto dela chegou ...

Já havia passado um tempo quando ele começou a falar comigo. 

Ele: Viu ali? A mulher é demais, armadora, casada, dá nó em pingo d’água e o marido super ciumento. 

Eu que tinha prestado atenção em toda conversa dei uma risadinha e disse para ele tomar cuidado por que gente ciumenta era capaz de tudo.

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