Diário de Buzú: O motorista tinha um pepino para descascar
Era época de São João e eu estava indo trabalhar, o busú estava mais lotado do que a lata de sardinha habitual, tinha uma galera que estava indo para Camaçari curtir o Camaforró, então, eram mochilas, sacolas, colchonetes e afins. Quando entrei no ônibus o motorista estava falando no celular meio nervoso.
O ônibus ia enchendo cada vez mais quando escutei o motorista falar ao celular: Você é maluca? Alguma vez eu já te mandei algum torpedo? Vacilo da porra! Quer saber de uma coisa, não me ligue mais não! Apague meu número, esqueça que eu existo.
Eu com uma mente bastante fértil pensei: o motorista tem ou tinha uma amante e a esposa dele, já desconfiada, aproveitou um vacilo dele, pegou o celular e mandou um torpedo para amante que deve ter respondido ou marcado algo. Depois disso o negócio ficou sério.
Quando o motorista desligou o celular perguntou ao cobrador qual seria o horário da próxima viagem e diante da resposta ele falou: "Vou pegar uma moto e vou ter que resolver esse problema nesse período". Isso o ônibus todo, ou quase todo, prestando atenção no problema do “motô”. Me recuso achar que só eu que estava prestando atenção, até porque não foi uma coisa discreta.
O motorista já estava nervoso e qualquer besteirinha seria capaz de tirar a paz daquele homem que já estava desassossegado e isso aconteceu. Uma mulher pediu o ponto, ele parou e ficou esperando, só que como o ônibus estava super, hiper, mega lotado ela demorou a descer, então, ele fechou a porta e arrastou o ônibus. Foi ai que ele escutou um coro de “Pera ai motô”. Só isso foi suficiente para ele se estressar. Levantou do banco, olhou para trás e perguntou: "Quero saber quem é o advogado aqui?De hoje que estou esperando e ninguém desce agora ficam nessa gritaria". Depois que esbravejou, retornou para o assento fazendo muchocho e voltou a dirigir.
Acho que o povo estava tão solicito a situação do motorista que ninguém disse nada, ficou todo mundo quieto sempre tem alguém que fala... Para o bem ou para o mal. Eu não fui até a rodoviária para ver o comportamento dele quando chegou lá, a única coisa que sei é que ele tinha um pepino imenso para descascar.
O ônibus ia enchendo cada vez mais quando escutei o motorista falar ao celular: Você é maluca? Alguma vez eu já te mandei algum torpedo? Vacilo da porra! Quer saber de uma coisa, não me ligue mais não! Apague meu número, esqueça que eu existo.
Eu com uma mente bastante fértil pensei: o motorista tem ou tinha uma amante e a esposa dele, já desconfiada, aproveitou um vacilo dele, pegou o celular e mandou um torpedo para amante que deve ter respondido ou marcado algo. Depois disso o negócio ficou sério.
Quando o motorista desligou o celular perguntou ao cobrador qual seria o horário da próxima viagem e diante da resposta ele falou: "Vou pegar uma moto e vou ter que resolver esse problema nesse período". Isso o ônibus todo, ou quase todo, prestando atenção no problema do “motô”.
O motorista já estava nervoso e qualquer besteirinha seria capaz de tirar a paz daquele homem que já estava desassossegado e isso aconteceu. Uma mulher pediu o ponto, ele parou e ficou esperando, só que como o ônibus estava super, hiper, mega lotado ela demorou a descer, então, ele fechou a porta e arrastou o ônibus. Foi ai que ele escutou um coro de “Pera ai motô”. Só isso foi suficiente para ele se estressar. Levantou do banco, olhou para trás e perguntou: "Quero saber quem é o advogado aqui?De hoje que estou esperando e ninguém desce agora ficam nessa gritaria". Depois que esbravejou, retornou para o assento fazendo muchocho e voltou a dirigir.
Acho que o povo estava tão solicito a situação do motorista que ninguém disse nada, ficou todo mundo quieto