Diário de Buzú: a mulher fez xixi no ônibus
Quando eu penso que já vi de tudo, aparece alguém para me surpreender. Estava indo para o curso, sentada no banco do otário Um conhecido dizia que aquele banco que fica perto do cobrador é o banco do otário, pois qualquer coisa que acontecesse com o cobrador, a pessoa que fica sentada ali também sobra quando entra uma menina no busú, com um short que mais parecia uma calcinha, um casaco, uma sombrinha, acompanhada de uma amiga e já foi falando: Ai! Estou me mijando.
Sentou no banco na frente do que eu estava e começou a conversar com uma amiga. Quando olhou para o lado tinha um homem. Ela falou com esse homem, que estava mexendo no celular,e não deu muita importância para ela, então, retornou para o papo com a amiga e toda hora falava que estava querendo ir ao banheiro.
Quando o ônibus chega à metade do caminho... Tudo engarrafado. A criatura levantou, foi lá na frente falar com o motorista e ao retornar já foi falando em alto e bom tom: Ninguém olha lá para o fundo porque eu vou fazer xixi lá. Falei com o motorista e ele disse para eu mijar aqui atrás.
Puta que pariu! Tinha umas oito pessoas no ônibus e ela urinou lá sem o menor pudor. Ao retornar fez questão de frisar que estava aliviada. O cara, aquele que não tinha dado muita importância a ela, começou a puxar assunto. que poder é esse de um xixi no fundo do busú? Perguntou por que ela não tinha levado alguma coisa para ele consertar, ela disse que tinha perdido o celular com todos os contatos, que o celular que estava na mão era novo, trocaram telefone, ele perguntou se ela tinha WhatsApp, ela disse que não sabia mexer, ele a chamou para sentar ao lado dele que ele ensinaria. Procurou o crédito no celular dela, para baixar o aplicativo, mas cadê que ela não tinha...
Tempos depois o cara fala: “Rapaz! O ônibus tá com um mau cheiro” e repetia vez ou outra para ver a reação dela e ela não falava nada. Até que mais uma vez ele insistiu e ela resolveu responder: "Ele tá querendo que eu dê para ele cheirar". Toma! Vai mexer com a língua de piriguete. Depois dessa ele ficou quieto.
Daqui a pouco a criatura já estava se maquiando, me perguntou se o blush estava muito forte, depois começou a contar para a amiga que tinha uma mulher soltando indiretas para ela. “Ela tava dizendo: Ah meu marido vem dormir comigo. Não sabe ela que antes de ir para casa ele vai para o bar pagar cerveja para mim. Ela dorme com ele, mas ele gasta dinheiro comigo”, contava se vangloriando.
A essa altura a gente já tinha saído do engarrafamento. Ela desceu na Sete Portas para ir a uma festa, torcendo para encontrar com não sei quem para pagar cerveja para ela.