Diário de Buzú: O dia que peguei o ônibus pela cor

Sabe aqueles dias que você sai do trabalho super tarde? Que a mente está cansada, a mente sai para passear e fica apenas o corpo? Pois bem! Foi um desses dias que eu acabei pegando o ônibus pela cor.

Fiquei até tarde no trabalho fazendo a diagramação de um jornal, na hora de enviar o arquivo para a gráfica teve um problema, que eu não me lembro qual de vez em quando aparecem alguns problemas para tirar a paz da pessoa. Só sei que acabei saindo do trabalho tarde, naquele clima de só pensar em chegar em casa e dormir.

Sai do trabalho correndo, afinal, quanto mais rápido eu conseguisse um ônibus, melhor. Estava chegando ao ponto quando de longe eu vi um ônibus da VSA e pensei: PQP! Agora que vou criar mofo no ponto esperando o ônibus. Primeiro arrependimento... ter ido para o ponto dos Correios, ao invés da Rodoviária. Quem conhece o ponto dos Correios, em Camaçari, sabe que a noite o lugar é sinistro, não tem iluminação e até as pessoas que ficam vendendo por ali já tinham ido embora. Pois bem! Eu estava distraída, quando vi outro VSA, e pensei: Estou com sorte hoje! Como já havia outro ônibus no ponto, o motorista parou um pouco mais a frente e não deu para eu ver qual era o destino do busú.

Entrei assim mesmo. O cobrador estava lá no fundo recolhendo o dinheiro da passagem, mas, tinha algo em minha mente dizendo: pergunte se o ônibus é Lapa, porém, eu não dei ouvido a minha intuição e como diz minha prima, quem não ouve cuidado, ouve coitado.

Registrei a passagem, sentei e quando o cobrador chegou perto de mim eu dei o vale transporte e ele me disse que não servia. Foi ai que eu perguntei: Que ônibus é esse? E veio a triste resposta: Calçada. Rapaz! Passa Calçada uma vez na vida e outra na morte Poxa vida! Saiu do trabalho correndo, louca para chegar em casa e pego o busú errado.

Para piorar a situação, tinha umas sete pessoas dentro do ônibus, que vai pela BR 324 e de vez em quando tem assalto nesse trajeto. O motorista também deu sua contribuição para eu ficar ainda mais em pânico. Apagou a luz do ônibus, e segundo o cobrador, era justamente para evitar assaltos.

E o ônibus foi entrando em lugar, saindo em outro, sobe aqui, desce lá e eu sem saber onde estava. Finalmente me encontrei nas proximidades de Valéria Acho que ali era Valéria. Ufa! Agora já posso arquitetar onde eu vou descer e ter mais opções de ônibus para chegar em casa.

Aqui não porque o ônibus demora, aqui não que está muito deserto, aqui não, aqui não, até que chegou na Rótula do Abacaxi e eu me senti praticamente em casa. Rapidinho peguei um ônibus e consegui chegar em casa, cansada, com fome e dando risada de mim mesma por pegar o ônibus pela cor.

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