A oração
Semana passada eu estava na praia quando uma amiga lembrou-se de uma oração feita por mim (a mais palhaça das criaturas) no São João. A história foi tão engraçada que eu resolvi contar aqui, se bem que só vivenciando para ter noção do grau da palhaçada.
O São João para mim sempre foi um dilema, não conheço ninguém no interior, a galera não se anima para pegar uma festa dessas particulares, então sempre fiquei em Salvador e na maioria das vezes foi chatíssimo.
Esse ano resolvi que iria aproveitar a festa da melhor maneira possível. Combinei com Diogo, Kétsia e minha prima Tatiane para irmos ao Pelourinho. Diogo desistiu de ir na metade do caminho então foi eu, Taty e Ketsia.
Me arrumei e fui para o Pelourinho com o objetivo de curtir tudo que eu tinha direito. Chegando lá ficamos analisando o ambiente, vendo onde a música estava melhor. Um pouquinho em cada canto. Lá para depois da meia noite (sem ainda dançar com ninguém) resolvemos sentar para descansar um pouquinho na Praça Municipal. Conversa vai conversa vem, à gente já estava ficando desanimada de não dançar. Foi ai que eu segurei a mão das meninas e comecei uma oração: “Cada uma de nós vai encontrar um par para dançar forró até o dia clarear. Que assim seja”.
Caímos na gargalhada, saímos da praça e fomos para o espaço onde estava tendo quadrilha. Porém já havia acabado e tava rolando um som. Quando a gente parou, apareceram três velhos bêbados chamando a gente para dançar. Nos entreolhamos e saímos do lugar rindo e lembrando de minha oração. Os comentários:
“A oração deu certa, mas você precisava ser mais especifica”
“Oxi não precisava vir o bagaço, né?”
“Na próxima vez eu faço uma oração específica, com a descrição nos mínimos detalhes”
Então resolvemos ir para a Praça Castro Alves, lá as meninas acharam alguém para dançar, não foi até o amanhecer, mas valeu!
E eu? Ah! O meu final da festa fica para outra história