Tirando habilitação



Era março ou abril de 2010 quando minha mãe me perguntou seu eu não queria aproveitar o tempo livre e entrar em uma auto escola. Sempre tive vontade de aprender a dirigir, ter um carro e tal, só que quando ele me perguntou eu fiquei com um pouco de receio. Não por medo de dirigir e sim por chegar a auto escola totalmente verde. Não sabia nada de carro, só onde era o volante!

Depois de muito pensar lá fui eu procurar um bom centro de contudores. Comprei meu laudo e me matriculei na Auto Escola Master, lá no Centro Empresarial Iguatemi que é perto de minha casa. Fiz o exame psicológico e detalhe, a mulher me mandou voltar por que meus traçinhos estavam inconstantes. Se eu sou inconstante como é que meus traçinhos não serão?

Beleza! Comecei a assistir às aulas. Um povo muito doido, me lembrou um pouco a época do cursinho pré vestibular. Nesse mesmo tempo, combinei com meu botão para que ela me desse umas aulas com Gary (o carro). Terminei a tal das aulas teóricas e não marquei logo a prova online, quando resolvi fazer já era agosto. No mesmo mês iniciei os treinos com meu botão. Ai foram marchas, embreagem, freio, acelerador e um desespero de vez em quando com minha total falta de habilidade com a única parte do carro que eu conhecia - o volante. (kkk)

Após uma vida, consegui iniciar as aulas práticas, por que fui em agosto a auto escola só tinha horário disponível em novembro. Numa segunda feira, lá estava eu. Olhei para o instrutor e disse que não sabia nada de carro e ele passou uma aula toda me ensinado o mecanismo do veículo, no dia seguinte me deixou girando o volante e eu totalmente frustrada porque queria ir dirigir pela rua. Nas 16 aulas diurnas eu alternava entre resultados bons e ruins. Depois que quase derrubei a auto escola, com um copo descartável, conseguir fazer as aulas noturnas cobradas pelo Detran. Mudei de instrutor e esse era uma maravilha, me deixava mais calma, segura, com ele fui dirigir na orla, paralela e tudo mais.

Até que chegou o dia do exame, 20 de dezembro, eu tremia como nunca e nada fazia com que eu controlasse isso. Na fila para entrar em um galpão, onde seria feita a baliza, um homem veio pegar minha digital e acho que ele ficou com pena de mim quando viu minha mão tremendo e falou comigo: Calma Larissa que não tem nenhum monstro ai dentro. Nem isso me tranqüilizou. O final disso já sabe né?Gente nervosa só faz merda e eu não fugi a regra. Primeiro que para chegar à baliza foi totalmente diferente do que eu tinha aprendido. Pois bem, quando fui alinhar o carro, já cheguei batendo no protótipo e nem tive a oportunidade de tentar encaixar na baliza.

Sai de lá retada por ter dado mole. Logo eu que faço matérias com traficantes, estupradores, tiro foto de morto dentre outras coisas, estava com medo da prova do Detran.

Mais de um mês depois consegui remarcar a prova e dessa vez estava decidida a passar. Enquanto esperava o dia essa avaliação me tirava o sono. Dia 08 de fevereiro lá ia eu decidida a ser aprovada. No dia anterior bebi meio mundo de suco de maracujá (arte de meu pai), minha 1ª instrutora (o botão) me ligou me mandando ficar calma.

Cheguei lá na Ribeira tranqüila, escutando música e brincando com o instrutor, além de não parar de mascar um chiclete que havia levado para descarregar todo meu nervosismo nele. Chegou minha hora de ser avaliada, fiz a baliza e respirei aliviada quando o cara me mandou sair, acertei meia embreagem de primeira e fui fazer o percurso na rua que eu já conhecia(já tinha ido treinar lá é claro). Acabou a avaliação e minha perna estava tão bamba, mal conseguia sair do carro.

Sabia que tinha feito tudo certo, só restava esperar o prazo de 72 horas que o avaliador tinha dado, mas quem disse que eu queria esperar!? Cheguei a casa, abrir no site do Detran e foi F5 o tempo todo. No dia seguinte, assim que acordei, liguei o computador e lá estava o resultado...APTO

Passei! Só não pude gritar, pois meus pais estavam dormindo. Agora estou aqui esperando os oito dias para ir pegar minha PPD por que habilitação eu tenho, só me falta o carro.

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