Diário de Buzú: O cara gostou do meu pescoço

Eu vou te contar, viu! Só tem gente doida nessa terra. Dia desses estava voltando para casa, entrei no ônibus e sentei com minha amiga nas cadeiras da frente. Fiquei brincando com ela falando: venha minha manteiga, sente aqui comigo – Eu tenho um botão que já falei aqui nessa postagem e agora tenho uma manteiga. Meu cabelo estava preso, estava de turbante e enquanto resenhava com minha manteiga, senti algo estranho no meu pescoço... e ai lá em Diário de Buzú.

Tive a sensação de que alguém havia passado o dedo no meu pescoço, mas pensei: Ah! Deve ser a pessoa que está sentada atrás que passou a mão sem querer, então deixei para lá. Daqui a pouco senti novamente um dedo passeando pelo meu pescoço e resolvi olhar para trás para saber o que estava acontecendo. Tinha um cara atrás de mim que ficou todo sério quando eu olhei, sendo assim, virei para frente e achei que havia confirmado a hipótese de que ele passou a mão sem querer.

Engano meu!

Um tempo depois o cara começou a dar “psiu” baixinho e a falar: “Você é linda, viu”, “Como é que eu faço para te conhecer?”, “Estou admirado com sua beleza”, “ Que gata” “Psiuuuuuuuuuuuu”, “Olhe ai para trás”. Isso eu lá escutando, toda séria, mas doida para dar uma gargalhada. Eu não olhava e ele continuava falando um monte de coisa.

Quando viu que eu não dei importância, começou a falar: “Você é orgulhosa né, orgulhosa demais”. Depois dessa, eu na minha inocência, achei que ele fosse desistir, mas que nada, ele mudou de estratégia. Encostou a cabeça na cadeira que eu estava sentada naquele estilo de quem vai dormir ... de repente comecei a sentir um ventinho no meu pescoço. Minha gente! Não sei se ele estava assoprando ou respirando no meu pescoço. Ai foi a minha vez de desencostar da cadeira.

Quando ele viu que eu sai do lugar, voltou a dar o psiu e falar um monte de blá blá blá. Graças a Deus chegou meu ponto e desci do busú sem nem olhar para trás.

Quando eu digo que só tem doido nessa terra!