E quem foi que disse que tudo é permitido no carnaval?



* Texto publicado na Revista Info litoral de fevereiro de 2014


Sou daquele tipo de pessoa que conta os dias para colocar o bloco na rua. Acho que nem consigo encontrar palavras para descrever o quanto eu gosto do carnaval e da alegria que toma conta das ruas. O que não me agrada é essa obrigação de libertinagem, promiscuidade e irresponsabilidade que afeta muitas pessoas que agem como fosse necessário viver tudo intensamente como se os outros dias do ano fossem de sofrimento e dor. 

Quem foi que disse que é preciso beijar um, dez ou cinquenta em uma noite para curtir o carnaval? Onde tem escrito que é preciso beber até dar vexame? De onde saiu a regra que é preciso passar a noite com um completo desconhecido e no dia seguinte nem lembrar o que aconteceu?Euforia? Amasso? Loucuras? Onde tem escrito que tudo isso e muito mais é dever daqueles que curtem o carnaval?

Não tenho nada contra quem vive intensamente essa “felicidade”, afinal, cada um sabe o que é melhor para si e não sou eu que vou dizer como deve ser a vida de cada um. Eu prefiro curtir a minha maneira, sem forçar uma alegria que se não for vivida de forma adequada tem tudo para terminar em frustração e arrependimento. E que venha o carnaval!

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