Brincadeiras de criança


Televisão, computador, tablet, smartphone, X Box e um monte de tecnologia. As crianças de hoje em dia, antes mesmo de falar, já sabem mexer em um smartphone. Pega- pega, esconde- esconde, pipa, amarelinha dentre outras brincadeiras que faziam a alegria da garotada da década de 80 e 90, passam despercebidos pelas crianças da atualidade. Pega-pega para eles deve ser o nome de um novo aplicativo. Exageros a parte, acho que as brincadeiras dos anos 80 e 90 eram bem mais interessantes, pouco se gastava com os brinquedos e a diversão era garantida.


Elástico


Com poucos centavos a gente conseguia comprar o metro do elástico, dava o nó nas pontas e a brincadeira começava. Duas pessoas seguravam o elástico e um terceiro ia pulando. Conforme o jogador da vez ia ganhando, o elástico ia subindo (pés, joelho, busto, pescoço), quando chegava ao ponto mais alto, se mudava de nível. Quando perdia, era a vez do outro brincar.

Todo mundo podia brincar...Se tinha muita gente, formávamos equipes, se faltasse não problema, prendia o elástico em algum portão e a brincadeira continuava.

Eu era fera no elástico, passava horas brincando.

Estátua


Brincar de estátua era outra diversão garantida, até por que quem se mexia sempre achava que não tinha mexido. O mestre era escolhido e começava a cantar, podia usar um som também, mas, como dificilmente tínhamos um aparelho de som para levar para rua, muito menos um celular com mp3, o mestre soltava a voz. Quando ele falava “Estátua”, os jogadores deveriam ficar parados sem se mexer, a partir daí, o mestre fazia de tudo para que a pessoa se mexesse. Conforme iam se mexendo, as crianças saiam da brincadeira.

Nessa brincadeira, depois de um tempinho, eu logo saia pois não conseguia segurar o riso.


Esconde-esconde



Quanto mais gente na brincadeira, melhor. Uma criança fechava os olhos, ficava virado para a parede contando até um número específico, enquanto isso, todo mundo se escondia. Assim que a criança que estava com os olhos fechados terminava a contagem, começava a procura. Quando encontrava alguém, voltava para onde estava e gritava “1, 2, 3 fulano”. Se alguém que estivesse escondido conseguisse chegar onde a criança que estava procurando e falasse “1,2,3 salve todos”, conseguia salvar todos os participantes.

Quando faltava energia, a brincadeira ficava ainda mais interessante.

Aqui, os vizinhos ficavam loucos por que todos os lugares eram utilizados para se esconder.Lembro que uma época resolvemos brincar de outra forma e o esconde-esconde acontecia dentro de minha casa. A gente se escondia embaixo da cama, dentro do guarda roupa, no banheiro... era a tarde toda de brincadeira dentro de casa que minha mãe nunca leia isso

Pega-pega



Uma criança era o “pegador”, enquanto as outras saiam correndo. Se a criança que estava pegando encostasse em alguém, esse automaticamente virava “o pegador”. Essa brincadeira podia durar horas e só terminava quando cansávamos ou queríamos partir para outra brincadeira.

Corda


Para pular corda tinha que ter fôlego e agilidade. Era um tal de “seu marido morreu. Deixou você carregada de filhos. Foi 1,foi 2, foi 3...” e a gente lá pulando. O negócio ia ficando mais difícil, pulava de um pé só, duas pessoas pulavam juntas, rodava com a corda em movimento, saia com a corda em movimento. Nossa! Perdi o fôlego só em escrever.

Amarelinha


Na verdade, a gente por aqui chamava de macaquinho. Com um giz a gente riscava o chão e numerava de 1 a 10. Para começar a brincadeira, pegava um objeto e jogava na primeira casa e pulava as seguintes, ia até o final e voltava, depois jogava o objeto na segunda casa e assim por diante.

Ainda tinha roda, passa anel, Pobre e rico, salada de frutas (não é aquela do beijo), baleado, dentre outras infinitas brincadeiras que faziam nossa alegria nos anos 80 e 90.

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